A Confederação Nacional da Agricultura defendeu esta sexta-feira que a seca já é “bastante preocupante”, sobretudo a Sul, notando que deviam ter sido acionadas medidas e que a situação pode refletir-se nos preços.
“Não é normal. Há zonas do país, principalmente a Sul, mas também a Norte, que estão em seca meteorológica. Esta é uma situação bastante preocupante. […] Tivemos um outono bastante seco e agora as consequências começam a aparecer”, afetando, nomeadamente, as culturas de outono e inverno, afirmou o dirigente da CNA Pedro Santos, em declarações à agência Lusa.
Ainda assim, conforme vincou, a seca meteorológica, à semelhança das chuvas concentradas, devido às alterações climáticas, não é uma situação nova, por isso, as“Em vez de termos medidas que automaticamente entram em vigor quando há estas situações, acabamos por ter sempre uma ação reativa. Quando o problema já existe é que vamos correr atrás do prejuízo, a ver o que se pode fazer”, referiu.
agricultores deparam-se com um “aumento de gastos diretos”, que se junta à subida do preço dos fatores de produção,“Pode haver um aumento nos custos para os consumidores, mas não chega aos agricultores na proporção que deveria chegar. O maior problema é ter comprometidas as campanhas de produção”, apontou.
“É uma situação anormal para esta altura. Não está ao nível de uma seca como tivemos em 2005. Mas se entre o final de janeiro e fevereiro não houver precipitação, a situação poderá agravar-se imenso”, referiu.
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