Querem fechar fronteiras e prometem ficar "muitos dias" na rua. Como se organizam e o que querem os agricultores em protestoCom praticamente todos os acessos para entrar e sair de Elvas, no Alentejo, cortados e a fronteira de Caia bloqueada pelos tratores e carrinhas que impedem a passagem, os agricultores prometem não ficar por aqui.
Vinte minutos para fazer dois quilómetros. Uma longa fila de tratores saiu de Montemor-o-Velho, em marcha lenta, com agricultores do Baixo Mondego, em direção a Coimbra. Objetivo: entrar na avenida Fernão de Magalhães, uma das mais importantes e movimentadas artérias da cidade. “O não pagar os subsídios à hora certa e estão previstos cortes de 35% nos apoios a produção em proteção integrada. Assim é impossível trabalhar, porque as candidaturas foram feitas dentro da lei obedecendo às diretivas do Governo, e nada disto pode acontecer”, indicou o agricultor.
O presidente do PSD, Luís Montenegro, manifestou hoje solidariedade com os agricultores portugueses e acusou o Governo socialista de desrespeitar este setor “até ao último minuto do seu mandato”. Várias estradas do país estavam cerca das 07:30 condicionadas devido ao protesto dos agricultores, que mobiliza centenas de veículos agrícolas, disse à agência Lusa fonte da Guarda Nacional Republicana .
A GNR está, segundo o capitão João Lourenço, a acompanhar o movimento dos agricultores portugueses, empenhando diversas valências. Filas de tratores começaram hoje a circular, num buzinão, pelas ruas do bairro europeu de Bruxelas ao início da manhã, ao mesmo tempo que decorre uma cimeira de líderes da UE.
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