No chapéu que abarca o talento tido apenas assim, como um jeito para a bola, a seleção francesa é uma felizarda nascida com o traseiro virado para todo o inventário de luas do universo.
Ter Kylian Mbappé à esquerda, necessitador apenas que lhe endossem um passe com ele virado para a baliza que diste já só uns 20 metros, Ousmane Dembélé à direita, absurdamente ambidestro e de intenções fintadores imprevisíveis, e Antoine Griezmann algures pelo centro, a alimentá-los com bolas sendo austero na quantidade de toques na bola que precisa para o fazer, recheia a França com um manual de possibilidades atacantes capaz de...
A equipa pode borregar, titubear ou jogar sôfrega nos 70 metros anteriores do campo, durante alguns períodos aconteceu diante da Dinamarca, que a simples façanha de levar a bola até um destes três - preferencialmente, parando no apeadeiro que é Griezmann, hábil a rasgar passes ao primeiro toque que deixem os outros dois em posições nas quais desfrutem - garante aos gauleses uma qualquer ameaça à baliza adversária.
Os dinamarqueses de processos mais simples e transitórios, apostando em contra-ataques rápidos, criavam problemas à França, mas a França, por via destes seus talentosos, ripostava mais perigosamente até Mbappé, primeiro a rematar na passada um cruzam de Théo Hernández, depois a saltar nas barbas de um defesa para desviar uma bola com a coxa, fazer dois golos e sobrepor a sua seleção ao empate que, entretanto, Andreas Christensen dera aos...
A França ganhou, é a primeira seleção a ganhar por duas vezes neste Campeonato do Mundo e mesmo sem as artimanhas de Benzema que fazem jogar melhor quem joga com ele, da transformação de Paul Pogba para uma versão melhorada dele próprio na seleção e sem as correrias de N’Golo Kanté, todos lesionados, os campeões mundiais há quatro anos já enchem o peito de confiança nesta edição.
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