era mesmo para ser levado a sério. A artista nascida em Lisboa, filha de pais angolanos, mas a viver em Manchester desde criança revelou que a música nova em que tem andado a trabalhar pode surpreender os mais desprevenidos: “Os meus fãs vão ficar chocados com aquilo que eu vou explorar”, garantiu.
Ainda com um pé no passado, sacou dos seus galões de MC exímia com ‘Drippy’ e, depois, vendo que Lisboa estava “um bocadinho envergonhada”, voltou a insistir: “agora é a vossa vez de cantar”. A reação foi efusiva. Até porque a canção em causa era ‘Shade’, aquela que centrou as atenções em si no ano de 2017. “Sónar, vou tocar música nova e vocês vão cantar comigo. Vão, vão. Prometo-vos!”.
“Quero agradecer ao festival por nos receber e ao universo pela experiência que estamos a partilhar hoje”, atirou, antes de mergulhar num momento de reggae apocalíptico e suavizar a entrega cantando, em modo sedução, “the sun shines on my face”. A acalmia, contudo, não durou muito e, momentos mais tarde, exigiu novamente um mosh pit, “porque esta é uma loucura”. Em modo de guerrilha, saiu e regressou ao palco com tempo para mais dois temas.