A Câmara Municipal de Mértola acaba de lançar o primeiro de dois concursos públicos para a reconversão dos antigos celeiros da EPAC numa estação biológica internacional dedicada a o combate às alterações climáticas e à desertificação, que envolve um investimento de sete milhões de euros. O segundo concurso terá lugar na próxima semana e diz respeito à componente museológica da estação.
O projeto liderado pela autarquia e pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto foi inicialmente apresentado em fevereiro de 2020, mas acabou por ser adiado por causa da pandemia e só agora reuniu as condições para arrancar.
Estas cátedras “vão permitir a criação de uma equipa de investigação sedeada em Mértola”, adianta Nuno Ferrand, acrescentando que “já existe uma grande colaboração da Junta da Extremadura de Espanha, o que vai promover a internacionalização da estação biológica”.
A Estação Biológica de Mértola será, portanto, um novo centro de valorização e transferência de tecnologia na gestão dos recursos naturais da região que dará prioridade a cinco áreas de investigação: biodiversidade, ecologia e conservação; fauna e flora; agroecologia; gestão sustentável da caça e recursos silvestres; e adaptação das espécies e atividades agrícolas à aridez.