O número telefónico do presidente francês Emmanuel Macron foi apanhado nos leaks do Projeto Pegasus, uma investigação que expôs uma operação de espionagem a nível internacional por parte de países fazendo uso de um software israelita que permite aceder a mensagens, fotos, contactos e a gravações das chamadas do proprietário do telemóvel.
A NSO Group já veio entretanto garantir que Macron não foi um “alvo” de qualquer dos seus clientes: ou seja, a empresa nega que o Presidente francês tenha sido selecionado para ser espiado através do software Pegasus só porque o seu contacto telefónico aparece na lista. No entanto, segundo o “Guardian”, essa lista parece ser constituída por pessoas de interesse para clientes governamentais da NSO - até porque inclui pessoas que foram mais tarde postas sob vigilância por alguns desses governos. No caso de Macron, terá sido Marrocos a selecioná-lo como uma pessoa de interesse em 2019.
No total foram detetados dados de 13 outros chefes de Estado e de governo mundiais: dois deles são Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, e Imran Khan, primeiro-ministro do Paquistão. Na base de dados estão presentes diplomatas, chefes militares e políticos de 34 países.
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