A líder de Myanmar, que havia sido distinguida pela luta democrática no seu país, é agora excluída da comunidade de vencedores do prémio, depois da sua recusa em condenar as ações do governo de Myanmar para com a minoria muçulmana Rohingya.
O Parlamento Europeu decidiu excluir da Comunidade Prémio Sakharov a líder política de Myanmar, Aung San Suu Kyi, pela sua postura perante os crimes cometidos contra a comunidade Rohingya, uma minoria muçulmana daquele país. A decisão, tomada pela Conferência de Presidentes do Parlamento Europeu esta quinta-feira, de “excluir formalmente Aung San Suu Kyi de todas as atividades da comunidade laureada com o Prémio Sakharov sanciona a sua inacção e a sua aceitação dos crimes em curso contra a comunidade Rohingya”.
A minoria Rohingya tem sido vítima de uma repressão por parte do exército e governo de Myanmar que muitos agentes da comunidade internacional têm caracterizado como um genocídio. A política de 75 anos defendeu por várias vezes a posição do governo do país, negando as acusações que lhe são feitas. Aung San Suu Kyi havia sido distinguida com o Prémio Sakharov em 1990 por simbolizar a luta do seu país pela democracia. No ano seguinte foi laureada com o Prémio Nobel da Paz.
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