Para quem está a par da situação política no Ruanda, a condenação de Paul Rusesabagina por terrorismo, na segunda-feira, não foi grande surpresa. Mas para quem apenas se recorda de Rusesabagina como herói do filme Hotel Ruanda , que conta como escondeu centenas de tutsis e hutus moderados no hotel que geria, para escaparem ao genocídio de 1994, a notícia pode ser um choque.
As circunstâncias da detenção de Rusesabagina, que tem cidadania belga e estava exilado nos Estados Unidos há anos, estiveram envoltas em mistério. Quando o herói de Hotel Ruanda surgiu algemado em Kigali, em setembro de 2020, a sua família denunciou que fora raptado durante uma visita ao Dubai, e que este nunca teria arriscado voltar ao seu país com Kagame no poder. Já o Presidente negou que se tenha tratado de um sequestro.
Antes de desistir do julgamento, Rusesabagina, que anteriormente divulgara um áudio dizendo que as vias políticas de oposição estavam esgotadas, apelando à luta armada, negou as acusações de ataques a civis. Lembrou que a MRCD é “uma plataforma de muitos partidos”, exigindo o fim do regime de Kagame. E, face à acusação de coordenar a entrega de armamento pesado ao grupo, Rusesabagina negou ter feito parte da sua direção.
Só este ano, já foi assassinado um dos principais rostos da oposição, Abdallah Seif Bamporiki, abatido a tiro na Cidade do Cabo, dias após organizar um vigília pelos dissidentes ruandeses mortos pelo mundo fora.
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