“As patentes dependem de cada país, por isso não há nenhuma organização que possa garantir que toda a gente terá acesso à vacina”

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Cynthia Ho, diretora da Escola de Estudos de Propriedade Intelectual da Universidade de Direito de Loyola, em Chicago, vê as patentes de medicamentos e vacinas como uma das formas de garantir que as farmacêuticas continuem a ter dinheiro para a investigação. Ressalva, porém, em entrevista ao Expresso, que esses lucros nem sempre são usados para melhorar os medicamentos que já existem

A professora de direito da propriedade intelectual Cynthia Ho considera muito difícil que as farmacêuticas abdiquem dos lucros e permitam o acesso universal a uma vacina para a covid-19Porque é que os Estados Unidos se opõem à criação de arenas comuns de conhecimento, de onde cada país possa retirar a informação relativa a este novo coronavírus, incluindo a fórmula da...

Os Estados Unidos têm uma posição clara, muito próxima da das farmacêuticas, que é a de garantir direitos totais às pessoas que criam determinada vacina, medicamento, equipamento hospitalar, o que seja. A proteção da propriedade intelectual é central em toda a política norte-americana, não só nesta indústria mas em todas.

Na última reunião da Assembleia Mundial da Saúde , órgão deliberativo da Organização Mundial da Saúde, acabou por passar uma resolução que defende o estabelecimento dessa base de dados comum e o acesso universal à vacina.

 

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