À margem do Douro, sentados no andar de cima do Pisca, o ideólogo e antigo presidente da Iniciativa Liberal demonstra uma genuinidade difícil de encontrar noutros políticos. É assim e «não quer mudar», razão pela qual quis deixar a presidência do partido a Cotrim de Figueiredo após as legislativas de 2019.
Não considera que a meritocracia em que a IL acredita seja algo falaciosa? Como pode alguém vencer a sua condição de pobreza sem apoios do Estado ou da sociedade? Max Weber defendia que os países católicos, devido à sua grande veia solidária, distribuíam mais a riqueza do que os países protestantes, que a acumulavam. Concorda com isto? Isto pode ser alterado?
Acha que há alguma intenção do Estado em aumentar a burocracia para o cidadão se sentir minimizado ao pé dele? Sente que, à direita, tirando a IL, há uma espécie de sonambulismo sobre este assunto? Porque é que só a Esquerda é que responde às alterações climáticas? Não, o caminho é distinto. O CDS vem de ter um grupo parlamentar e, de repente, passar a ter só uma pessoa – que se calhar é uma pessoa que abraça esse unipessoalismo. O caso da IL é diferente: temos ali uma pessoa que não o abraça. Nós temos cartazes, mas não vemos a cara do João por todos os lados, nunca foi esse o objetivo. Não tenho dúvidas sobre isso. Teve medo de as perder, claro.
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