Os dados macro definitivos sobre o primeiro trimestre da economia alemã confirmaram os 0,2% de crescimento do maior PIB da zona euro reportados nos dados preliminares, mas revelam nova fraqueza no consumo que aumenta as preocupações com o rumo da economia germânica. A confiança dos consumidores calculada pela GfK até melhorou na mais recente leitura, mas mantém-se negativa e, portanto, oferecendo um alívio limitado aos mercados e analistas.
Apesar de ter recuado menos do que no último trimestre de 2021, o consumo privado voltou a cair pelo segundo trimestre consecutivo, recuando 0,1% . Junta-se a este efeito negativo as exportações líquidas, que passaram de um crescimento de 3,8% para um decréscimo de 2,1%. Olhando para os próximos meses, os analistas do ING não veem um cenário animador: os confinamentos prolongados na China impactarão negativamente um sector industrial onde os inventários continuam a acumular-se e o consumo agora reportado foi já influenciado por preços da energia anormalmente elevados no início do ano, um fenómeno agravado apenas a partir de março pela invasão russa da Ucrânia.
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