Fim do PodcastOs cuidadores, então, decidiram fazer um experimento e ofereceram pequenos roedores ao canídeo misterioso. E ele comeu sem pestanejar — como se espera de um graxaim-do-campo.
"A primeira coisa que me chamou a atenção foi a cor da pelagem, que era bastante escura. Ele também latia igual a um cachorro", lembra o cientista.Resumindo: o bicho comia como um graxaim-do-campo silvestre, mas latia feito cão doméstico. Afinal, a qual espécie ele pertencia?O primeiro deles, o citogeneticista Rafael Kretschmer, da Universidade Federal de Pelotas , foi incubido de vasculhar os cromossomos do animal.
"Fizemos uma biópsia da pele e uma cultura celular [cultivo de células em laboratório]. Ao fazer a análise, descobrimos que o animal tinha 76 cromossomos", relata Kretschmer. O número inusitado de cromossomos poderia ser explicado pelo cruzamento entre representantes dessas duas espécies. Do cachorro, vieram 39 cromossomos . Do graxaim-do-campo, 37.Crédito,Para confirmar o achado, a bióloga Bruna Elenara Szynwelski, da UFRGS, fez uma análise dos genes do híbrido.
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