O Itaú informou que realizou emissões de letras financeiras subordinadas perpétuas, no montante de R$ 1 bilhão, em negociações com investidores profissionais durante o mês de setembro. Os instrumentos têm opção de recompra a partir de 2027, sujeito à prévia autorização do Banco Central.
As letras financeiras ficam autorizadas a compor o capital complementar do patrimônio de referência, com impacto estimado de 0,08 ponto porcentual no seu índice de capitalização Nível 1. “As emissões em questão têm como objetivo otimizar a estrutura de capital da companhia frente ao crescimento de seus ativos e não se destinam ao refinanciamento de outras dívidas perpétuas”, diz o Itaú.
Na divulgação do balanço do segundo trimestre, o CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, foi questionado por analistas se o Itaú exerceria a opção de resgatar antecipadamente um bônus externo no fim deste ano, como tradicionalmente os bancos fazem para dar uma oportunidade de saída ao investidores. Ele disse que, olhando o mercado de então, dificilmente esse call seria exercido.
O executivo explicou que, comparado com o que o Itaú pagaria para emitir uma nova dívida e se refinanciar, a diferença era de quase 2,5 pontos porcentuais, o que é muito significativo. Ou seja, do ponto de vista econômico não faz sentido resgatar o papel. “Se a diferença fosse menor, a gente avaliaria, talvez fizesse sentido. Mas é muito material. Exercer um call pagando mais de 250 pontos-base não me parece razoável.
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