Lula e ministros anunciam como "investimentos federais" e "recursos destinados" pacote formado por linhas de crédito operadas por bancos e adiamento de impostos.
Além disso, canais oficiais do governo e de ministros de Estado divulgaram a partir de domingo que o governo já teria destinado mais de R$ 62 bilhões em ações para enfrentar a crise socioambiental gaúcha, sem detalhar o que está contabilizado nesses valores. Já a Casa Civil respondeu que"todos os dados fornecidos pelo governo são claros e transparentes, desde a divulgação das primeiras ações".
A grande maioria desses valores corresponde, na verdade, a linhas de crédito e adiamento de impostos . O custo real para o governo é menor porque parte dos R$ 50,9 bilhões anunciados inclui antecipação de benefícios que já seriam pagos, como Bolsa Família, antecipação de restituição de Imposto de Renda e adiamento de impostos .
O maior volume projetado é para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte , criado em 2020, para oferecer crédito barato a empresas na pandemia de covid-19. O Ministério da Fazenda, por sua vez, divulgou tanto em sua rede social como em sua página de notícias a informação de que"ao todo, as iniciativas representam um impacto de R$ 50,945 bilhões em recursos cedidos ao Estado", numa linguagem que sugere que os valores foram diretamente transferidos ao Rio Grande do Sul, apesar de o pacote envolver tributos adiados que terão que ser pagos posteriormente e potenciais linhas de crédito.
Já a Secom não respondeu porque Lula e Pimenta se referem ao pacote como"investimentos do governo federal". Apesar de criticar a comunicação das medidas, Borges avalia que o governo tem agido com agilidade no anúncio de ações emergenciais e que será preciso ter uma avaliação melhor dos estragos para determinar quanto será necessário em novas ações.
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