Dependentes químicos acolhidos em uma casa de reabilitação ligada a uma igreja evangélica foram obrigados a trabalhar em diferentes estabelecimentos de bairros da Zona Oeste do Rio, diz uma investigação envolvendo vários órgãos.
Os trabalhadores foram resgatados em agosto deste ano do sítio que pertence ao Ministério, em Cosmos, bairro vizinho. O g1 acompanha o caso desde então. O resgate foi realizado por auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, uma procuradora do Ministério Público do Trabalho e policiais federais da Delegacia de Defesa Institucional.
Os sete resgatados trabalhavam sem registro formal e dividiam metade do valor do salário com o pastor. Além disso, ainda eram obrigados a ofertar um dízimo de 10% no valor que teriam direito. O mesmo trabalhador afirmou que foi orientado, por pessoas do abrigo, a dizer que usufruía de duas horas de almoço e 15 minutos de lanche. Na realidade, ele trabalhava das 6h às 18h e tinha direito a a apenas uma hora de almoço.
Os internos contaram em depoimento que eram proibidos de falar com o pastor, e que só poderiam enviar dinheiro para a família se tivessem filhos.
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