No seguimento da sua visita a Moscovo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu-se como um “mensageiro da paz” e sublinhou que o seu objetivo está “estritamente ligado a salvar vidas e a reduzir o sofrimento”. A visita à Rússia, onde participou em várias reuniões com altos dirigentes do Kremlin, incluindo o próprio Presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi imediatamente seguida por uma passagem pela Ucrânia.
A própria visita de Guterres também não escapou à condenação de alguns especialistas em política internacional, cujas opiniões sustentam-se sobretudo no facto de considerarem que a deslocação do secretário-geral peca por tardia, ou na sua desaprovação perante a escolha tomada pela comitiva de Guterres – que Zelensky rotulou de “ilógica” – de ir primeiro a Moscovo, e só depois a Kiev.
O poder de veto tem uma origem histórica, tendo sido aprovado aquando da assinatura da carta das Nações Unidas, em 1945, na sequência da II Guerra Mundial. Na altura, Josef Stalin, o então líder da União Soviética, insistiu nesse direito de forma a proteger o seu país contra resoluções hostis que pudessem eventualmente visar os soviéticos.