Dois e meio depois do início da pandemia, vai-se fazendo alguma luz sobre uma das questões relacionadas com a infecão pelo SARS-CoV-2 que ainda persistem: a Covid prolongada, com os seus múltiplos sintomas a esticarem-se por semanas, meses e até mais de um ano após a fase aguda da doença.
Com base em dados recolhidos por uma aplicação móvel criada para o efeito, uma equipa de investigadores do King’s College London, Reino Unido, concluiu que a Covid longa pode ser agrupada em três tipos distintos, consoante os sintomas: neurológicos, respiratórios e sistémicos/inflamatórios e abdominais.
Segundo Liane S. Canas, uma das autoras do estudo, além da distinção daqueles três tipos de Covid longa, é possível ainda fazer uma associação de cada um às diferentes variantes e ao estado vacinal do doente: “Os nossos resultados sugerem que os sintomas respiratórios na população do Reino Unido são mais evidentes entre os pacientes não vacinados infetados com a forma inicial do vírus.
Já os sintomas sistémicos/inflamatórios e abdominais não mostraram associação a nenhuma variante em específico. Os dados relativos à Ómicron ainda estão a ser analisados, mas a equipa do King’s College adianta que os resultados iniciais apontam para que a prevalência da Covid prolongada entre os pacientes infetados com esta variante é “muito menor” quando comparada com as suas antecessoras.
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