Líder do Chega considera"inadmissível" que o Governo espere a aprovação do Programa de Governo sem"nenhuma conversa" e acusa o primeiro-ministro de querer"provocar uma crise política".
Em jeito de ultimato, à margem do debate do Programa do Governo, André Ventura rejeita que o Chega vá servir de “suporte do Governo”, apelidando de “absolutamente irresponsável ou suicidária do ponto de vista político” a estratégia do PSD. “É inadmissível que se chegue ao programa do Governo em que não houve nenhuma conversa - nem com o Chega, nem com o PS - e que se diga simplesmente: ou é assim ou não funciona”, afirmou, pedindo a Montenegro um sinal de que percebe que o evitar de um impasse não significa nada - “nem sobre o Orçamento do Estado, nem sobre a legislatura”.
Ventura deixa ainda as moções de confiança com Montenegro, mas afirma que o primeiro-ministro “não contribuiu para a confiança pública do Parlamento”. “Em democracia, quando não há maiorias, negoceia-se, cede-se e apresentam-se propostas alternativas. O Chega pode não obstaculizar o Programa de Governo, mas não se torna por isso uma muleta do Governo.
"Queremos que Montenegro oiça as nossas palavras", voltou a pedir, anunciando a decisão"firmada" de não inviabilizar o Programa de Governo, permitindo que o Executivo entre em funções.Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo.
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