Tribunal de Instrução do Porto rejeita julgamento de Paulo de Morais por difamação ao"vice" angolano
"Ao dar público conhecimento [do que soube relativamente ao casamento da filha do 'vice' angolano], o arguido agiu dentro do âmbito das suas preocupações, empenhamento e actividade de luta contra a corrupção", afirma a juíza de instrução Cristina Malheiro, no seu despacho de não-pronúncia. "E tudo o que disse o arguido, embora com variações, está claramente demonstrado nos autos", acrescentou, citando reportagens televisivas que não terão sido desmentidas e que, portanto, Paulo de Morais"tomou como a verdade".Ministério Público dá razão a Angola e quer condenar Paulo Morais
Também são públicas e conhecidas, acrescenta,"as más e pobres condições em que vivem as classes mais desfavorecidas da população angolana. É perante este contexto que o arguido se pronunciou", sem que transparecesse"qualquer comentário xenófobo e preconceituoso". Paulo de Morais chegou a classificar Naulila como"a nova princesa de Angola", numa comparação com a empresária Isabel dos Santos, filha de Eduardo dos Santos, conhecida como a"princesa de Angola" e visada no processo"Luanda Leaks".