Tanto Taghi Rahmani como os seus filhos gémeos, Ali e Kiana Rahmani, não veem Narges Mohammadi — mulher e mãe, respetivamente — há perto de uma década. Podia dar-se o caso de serem desavenças familiares a propiciar esse afastamento, mas é precisamente o oposto.
Perante a realidade atual no Irão, o ativista pede duas coisas. A primeira é que a comunidade internacional pare de olhar apenas para os seus interesses e concentre esforços em auxiliar a oposição no Irão, já que “num dia aplicam sanções, noutro negociam com o regime. Isso confunde o povo”. A segunda é que mantenham viva a voz de Narges Mohammadi.
Tal como António Gramasci escreveu muitos dos seus livros e relatos dentro da prisão. A prisão de Evin é como se fosse um castelo gigante. Quando uma pessoa passa informação para fora, está disposta a pagar o preço, com sentenças de encarceramento. Tendo em conta os métodos usados, como a própria tortura branca, parece haver uma tentativa de condicionamento mental nos próprios ativistas.
Quero contar-lhe uma experiência, já que eu próprio estive nessa situação. Já tinham passado quatro meses e meio desde que estava numa cela solitária. Passaram-me detergente para a roupa em pó num pequeno pedaço de papel de jornal. Fiquei tão entusiasmado por ver um papel com alguma escrita em cima que perdi a noção e até comecei a comer esse detergente.
"Os países ocidentais vão negociando com Khamenei e estão a borrifar-se para a democracia no Irão e os direitos humanos. Preocupam-se mais com os seus próprios benefícios. Quando pedimos ajuda da comunidade internacional ou dos países ocidentais, não queremos que intervenham diretamente no nosso país, queremos que nos ofereçam as condições para termos democracia e liberdade.
Nos tempos em que fui interrogado, a pessoa que estava a conduzir o interrogatório disse-me que, no Irão, a taxa de execuções é muito elevada. Por exemplo, quem cometer um homicídio no Irão recebe a pena de morte, estilo olho por olho, dente por dente.
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