Mesmo quando escrever dói e não consigo, pelas palavras, explicar o que sinto. Ou melhor: sinto a morte a rondar as bermas dos meus dias. Cada vez mais morte, cada vez menos dias.
Não sei como fugir desta prisão de ciprestes, eu que não tenho jeito para enfrentar nenhuma morte que não seja a minha, e também desconheço a razão porque os ciprestes crescem em redor dos túmulos. São árvores esguias, havia muitas no jardim da Casa das Conchas, a casa dos meus avós no lugar do Olival. Sei que têm o cheiro penetrante da resina e, talvez por isso, repelem os pássaros que neles não pousam.
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