É um ano inevitavelmente marcado pela guerra na Ucrânia. O que mais me surpreendeu foi, em primeiro lugar, a forma como o povo ucraniano e o seu presidente, por um lado, e os aliados ocidentais, por outro, reagiram à agressão russa.
Penso que sim, penso que era o objetivo inicial. Porque se assim não fosse, não tinha havido aquela concentração de forças que se dirigiam a Kiev e todo aquele comboio militar, mas que depois não teve capacidade para atingir esse objetivo.
Não é ser condescendente, tem a ver com a natureza das duas potências. Estamos num momento de conflito entre grandes potências e em relação à Rússia a Europa tem contiguidade geográfica e a Rússia representa uma ameaça territorial direta à fronteira leste da Europa, como estamos a ver na Ucrânia.
Para destruir diria que sim, mas acho que o que faz o desequilíbrio extraordinário de potencial entre a Rússia e a Ucrânia é o número de efetivos militares. É essa a grande diferença entre o exército ucraniano e a capacidade extraordinária de mobilização de homens, e ao mesmo tempo de crueza ou indiferença perante aqueles que caem, que a Rússia tem tido.
Não sou especialista em matéria militar, por isso teriam de falar com quem sabe, mas o que me parece, do ponto de vista político, é que o envio de material militar do Ocidente para a Ucrânia, é um envio que tem sido operado com a maior das prudências. E estou certo de que não o fazem e não dão o passo seguinte sem verem realizadas duas condições.
É verdade. Se essas condições continuarem a verificar-se e a lógica de prudência e contenção da administração da violência continuar por parte do Ocidente, é provável que isso aconteça. Mas atenção, as guerras têm imponderáveis, há momentos e factos - como o caso dos mísseis que caíram na Polónia há uns meses -, que podem virar o destino da guerra.
Acho que os dois têm muita dificuldade em aceitar, porque se isso é verdade para Zelensky, não é menos verdade para Putin, porque o investimento pessoal, acima de tudo, que fez nesta guerra, não lhe dá margem de recuo. Ao contrário do que acontece nas democracias, em que os líderes perdem as guerras e perdem o poder, em regimes autocráticos, não só perdem o poder, como muitas vezes perdem a vida.
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