Mestre da produção cinematográfica francesa, Robert Bresson legou-nos um cinema austero e rigoroso, dedicado aos gestos e enigmas do comportamento humano.Robert Bresson
é uma figura à parte na história do cinema francês e, em boa verdade, no panorama da produção europeia. A sua pesquisa de uma linguagem simples e austera, avessa a formas tradicionais de representação dos actores, levou-o a fazer filmes que sustentam uma visão inigualável sobre o comportamento humano, seus gestos e enigmas.
François Leterrier interpreta o tenente Fontaine, membro da Resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial — preso pelos ocupantes alemães, Fontaine começa a arquitectar um plano para consumar a sua fuga… O filme baseia-se numa personagem verídica: André Devigny , resistente que relatou a sua experiência num livro de 1956 intitulado, precisamente, “Un Condamné à Mort s’est Échappé”. Seja como for, Bresson está muito longe de aplicar os modelos tradicionais do “filme de guerra” e, em particular, da aventura de “fuga da prisão”.
Neste aspecto, a presença de François Leterrier, o misto de frieza e emoção da sua interpretação, tem qualquer coisa de único. De facto, a sua relação com o cinema passou, sobretudo, pela direcção de filmes para cinema e televisão.
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