Os dois contos de Murakami em que vagamente se inspira “Drive My Car”, dois dos sete que integram o livro “Homens Sem Mulheres” , não são mais do que um rastilho que o novo filme de Hamaguchi amplia e propaga a três horas de cinema que, desde logo, aprofundam uma relação rara entre o cinema e a literatura.
Passemos ao carro do título, um Saab vermelho, modelo 900, que assume no filme assinalável preponderância , tanto mais que, se a memória não falha, não há no livro referência a Saab algum. Hamaguchi disse em Cannes que vê o interior dos carros como um espaço cénico perfeito para conversas íntimas.
Para um filme de três horas, esta breve sinopse ainda mal saiu do primeiro terço mas temos que falar da decisiva entrada em cena de Misaki , a jovem motorista contratada pela companhia de teatro para conduzir Kafuku nas ruas de Hiroshima, ele que é subitamente impedido de conduzir devido a um acidente.
“Drive My Car” não é o mais incisivo, nem o mais económico filme de Hamaguchi pese embora esteja fadado para se tornar de todos o mais reconhecido – ainda mais agora, pela publicidade dos Óscares. Quanto a isso dou preferência ao anterior “Roda da Fortuna e da Fantasia”.
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