Uma das áreas que se tornaram politizadas nos últimos tempos de revisionismo foi a História. Importando, como agora se faz, tendências norte-americanas passou a considerar-se o papel da Europa e do Ocidente na questão da escravatura como estritamente negativo esquecendo, melhor, suprimindo, o facto de termos sido a cultura que explicitamente a condenou, combateu e ilegalizou.
A escravatura existiu em muitíssimas culturas e entre elas em África, antes de qualquer intervenção dos europeus. Houve-as na Antiguidade e foi assim durante milénios até por volta de 1900.
O processo foi complexo mas resultou no extermínio dos brancos e no triunfo de Dessalines, que se nomeou imperador perpétuo. O mais famoso herói da independência haitiana foi, contudo, Toussaint, que escreveu a constituição de 1801 e que não rejeitava o trabalho forçado, considerado necessário economicamente. Ou seja, a única revolta escrava que teve sucesso não era, intrinsecamente, anti-escravatura.
Tratou-se, pois, de uma evolução da consciência pública inaudita nas grandes civilizações: o reconhecimento da dignidade do ‘outro’, tão merecedor dela quanto o ‘nós’. É uma conquista civilizacional de que temos de nos orgulhar.
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