Em dificuldades financeiras, o construtor automóvel francês Renault anunciou esta sexta-feira que vai reduzir a sua força de trabalho em cerca de 15 mil trabalhadores em todo o mundo.
A redução de empregos insere-se num plano de reestruturação com que o grupo francês pretende reduzir custos de mais de 2 mil milhões de euros nos próximos três anos, noticiou a agência France Press. Portugal deverá ficar de fora desta redução de empregos. “É um projeto vital”, disse a diretora executiva Clotilde Delbos, citada em comunicado. A Renault, que sofre de excesso de capacidade global de produção, anunciou em fevereiro os seus primeiros prejuízos em dez anos, e entrou enfraquecida na crise causada pela epidemia de Covid-19.
O plano prevê o corte de “cerca de 4.600” postos de trabalho em França e “mais de 10 mil no resto do mundo”, segundo o comunicado, citado pela agência. É baseado “em reciclagem, mobilidade interna e rescisões voluntárias”, afirmou a Renault. Portanto, não estão previstos despedimentos. No total, o fabricante que detém cinco marcas planeia cortar aproximadamente 8% da sua força de trabalho em todo o mundo que ronda os 180 mil trabalhadores.
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