Quem vê tatuagens, não vê coração

Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público.O próprio Sylvain refere que, passado um primeiro momento de alguma estupefacção, os seus alunos esquecem totalmente que ele é diferente. Mas os pais, esses, não o querem lá. Não são as crianças que têm medo dele, são os pais.

Penso que as crianças não terão qualquer problema em aceitar a diferença de Sylvain, assim lhes seja explicado que o professor é diferente porque decidiu sê-lo e que não é o aspecto que o define. Os pais preocupados com os filhos podem aproveitar e explicar-lhes que no mundo somos todos diferentes. Aproveitando essa ideia podem explicar que uns são mais diferentes do que outros.

As tatuagens são uma moda, coisa que me surpreende pela dimensão do fenómeno. Mutilar o corpo devia ser coisa de malucos, ao que parece não é.

Nenhuma pessoa de boa índole, coração ou com compaixão, vai tatuar símbolos fascistas, racistas ou extremistas no corpo, mesmo porque isso incita a violência e o preconceito. Não é apenas uma inocente questão de ser diferente.

Mas isto ainda dá que falar em 2020?

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