Depois das críticas do Fórum para a Competitividade, da Confederação Empresarial de Portugal e da Associação Empresarial de Portugal, oquis saber o que pensam ilustres economistas portugueses sobre o plano do Governo e tentar perceber se os empresários têm razão. As opiniões dividem-se.«Não levo muito a sério este plano por ser muito prévio e meramente indicativo».
No entender do economista, se este plano se dirigisse «a curar as feridas abertas» pela pandemia, seria muito diferente face ao que está previsto: «Deveria fazer algo que facilitasse a vida aos pobres e às empresas dos setores de contacto físico, as grandes vítimas desta terrível crise». Bagão Félix lembra que o documento aponta para a necessidade de colocar as empresas no centro da recuperação da economia, transformando-as no motor real do crescimento e da criação de riqueza, mas defende que isso não se traduz na economia, quer em medidas concretas, quer na distribuição dos montantes financeiros europeus.
Para o economista não há dúvidas: «É o ‘braço monetário’ deste Governo para os próximos anos, que, assim, vai aparecer aos olhos dos seus eleitores como o grande distribuidor de subsídios, apoios, o grande criador de mais emprego público e, consequentemente, o maior alimentador da sua base eleitoral preferencial: a administração pública. Cada vez mais, este Estado se confunde com o PS».
O economista mostra-se mais preocupado com as empresas que serão beneficiadas com os projetos previstos no plano do que com o montante: «As mais beneficiadas não serão certamente as micro, pequenas e médias empresas que representam mais de 97% do tecido empresarial em Portugal». E realça que «apenas algumas médias e as grandes empresas é que serão as grandes beneficiadas.
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