Há violências que não são vistas mas que magoam tanto ou mais que um murro. Aos estigmas associados à diferença - da profissão, da orientação sexual, da pobreza ou da identidade -, os trabalhadores do sexo têm agora também de lidar com a violência da pandemia e de um maior isolamento social.
Hoje é o Dia Internacional Contra a Violência sobre os Trabalhadores do Sexo. Não há números, pois nem a PSP nem a GNR tipificam crimes com estas vítimas. Quem conhece o meio admite que muitas vezes, por medo, as queixas ficam por apresentar. Porém, não haverá um problema específico grave, dizem. Mais preocupantes são as violências invisíveis: a discriminação, o isolamento e o abandono.