Os dados constam do mais recente relatório sobre Perspetivas da Migração Internacional , que a OCDE divulga hoje e no qual é possível constatar que Portugal passou de receber 30.800 imigrantes em 2014 para 120.800 em 2022, sendo que este último valor é ainda uma estimativa.
Estes valores dizem respeito a migração permanente, ficando de fora situações de acolhimento por razões humanitárias, como a que aconteceu na sequência da guerra na Ucrânia, e o fenómeno é transversal a todo o mundo, com a OCDE a constatar que “o número de novos imigrantes de tipo permanente na OCDE atingiu um máximo histórico de 6,1 milhões em 2022”.
No caso de Portugal, o aumento foi de 28,9% entre 2021 e 2022 e de 13,2% quando comparando com 2019, o ano antes da pandemia, em que chegaram 106.700 migrantes. Comparando com 2014, quando chegaram 30.800 pessoas, o aumento já salta para quase 300%. Segundo a OCDE, a maior percentagem de migrantes trabalhava na área dos serviços, seguindo-se a indústria da extração, transformadora e energéticas, com 14,9%, e o comércio por grosso e a retalho , com a hotelaria e a restauração a reter 12% dos imigrantes e sem dados disponíveis para a agricultura e pescas.
O maior aumento desde 2021 diz respeito aos nacionais da Ucrânia e a maior diminuição aos nacionais do Afeganistão . Das 870 decisões tomadas em 2022, 78% foram positivas.
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