A maioria da produção de petróleo e gás natural está hoje nas mãos de Estados, através de empresas públicas. Mas a transição energética acabará por reduzir o poder dos produtores. Cabe aos países consumidores acelerar a transição energética, investindo em energias renováveis.
Hoje, as grandes empresas privadas do petróleo são a ExxonMobil, a Chevron, a BP e a Shell. Mas estas empresas, sendo poderosas, não têm o poder que possuíam no passado. É que quase todos os países produtores de petróleo têm agora empresas públicas, estatais, a agir no setor petrolífero. A maior dessas empresas públicas é a Saudi Aramco, da Arábia Saudita. No solo saudita, assim como no dos Emiratos Árabes Unidos, a extração de “crude” é relativamente barata, sobretudo se comparada com a extração de petróleo no mar. O que confere à Arábia Saudita um enorme poder no mercado petrolífero mundial.
Quem manda hoje na Arábia Saudita é o príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman . Este personagem modernizou alguma coisa na sociedade do seu país, por exemplo permitindo que as mulheres pudessem conduzir automóveis. Mas MBS revelou-se também um déspota cruel. No passado recente J. Biden criticou violentamente MBS, o que agora não ajuda a que ele seja recetivo às pretensões de Washington.
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