O antigo líder do CDS-PP Paulo Portas disse hoje que Passos Coelho via na `troika`"um bem virtuoso", enquanto ele a considerava"um mal necessário" e apontou a TSU dos reformados como um dos momento difíceis da coligação.
Na semana passada, em entrevista ao `podcast` "Eu estive lá", da rádio Observador, o antigo presidente do PSD, em conversa com a jornalista Maria João Avillez, revelou que durante o seu governo com o CDS-PP, a `troika` sinalizou "a partir de certa altura" que havia um problema de confiança em relação ao parceiro de coligação e ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e "passou a exigir cartas...
"Julgo que ele não sabe isto: para impedir uma humilhação do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, obriguei o ministro das Finanças a assinar comigo e com ele a carta para as instituições. Assinámos os três. A ´troika´` exigia uma carta só dele. Porque não confiava nele", contou Passos Coelho.
Afirmando que "quem não se sente, não é filho de boa gente", Paulo Portas considerou que os comentários do ex-primeiro-ministro "não foram apropriados, nem justos", mas recusou "usar conversas privadas entre líderes políticos" e entrar "em polémica pessoal" com Passos Coelho. "Estamos em 2024, acabou de chegar um Governo de centro-direita, não vejo qual seria a utilidade de contribuir para essa polémica", comentou.
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