Um dos aspetos que a crise gerada pela pandemia veio colocar a nu “foi a extrema fragilidade, dependência e vulnerabilidade da economia portuguesa”. O alerta é do economista Eugénio Rosa que diz ainda que esta fragilidade “determinou que os efeitos da crise estejam a ser devastadores, o que torna a recuperação muito mais difícil e demorada”.
Para sustentar a sua opinião, o economista utiliza um gráfico com dados do Eurostat que mostra os custos da mão obra em euros em Portugal, na União Europeia e na Zona Euro. A título de exemplo, no ano passado, o custo hora da mão de obra em Portugal – 15,7 euros – era menos de metade do custo hora da Zona Euro , estando também longe do da União Europeia: 28,5 euros.
Vejamos o exemplo: no ano passado, o custo hora da mão obra na Zona Euro era superior em 105,7% ao de Portugal, e o da Zona Euro era 81,5% mais elevado do que no nosso país. Face a estes dados, também do Eurostat, Eugénio Rosa não tem dúvidas: “Portugal continua a ser um maná para as empresas, nomeadamente as estrangeiras que pagam salários de países não desenvolvidos.
Isto “determina que a economia portuguesa, por um lado, seja extremamente vulnerável a crises e à concorrência externa e, por outro lado, esteja muito dependente de outros países em produtos de média-alta e alta tecnologia”. Por isso, Eugénio Rosa defende que “tudo isto é também uma consequência do baixíssimo investimento quer privado quer público feito no nosso país”.
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