Os funcionários das Nações Unidas ainda trabalham nos territórios controlados pela Rússia, mas com muitas dificuldades. A revelação é feita àNesta entrevista, Saviano Abreu explica ainda o trabalho desenvolvido pela organização no domínio humanitário, o papel da ONU na recuperação da economia e também sobre o desaparecimento de crianças ucranianas.
A nossa ajuda humanitária é de emergência, não estamos a reconstruir as casas para ficarem como antes. Há uma outra parte da ONU, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que está a fazer um estudo para determinar essas necessidades. No nosso trabalho humanitário é mesmo para fazer com que as pessoas tenham as condições mínimas para enfrentar o Inverno sem correr riscos.
Há cidades na Ucrânia que ficaram sem água potável desde o início da guerra. Mykolaiv, com meio milhão de pessoas, é um desses casos em que metade fugiu e outra metade está lá, sem água potável desde o começo da guerra. O Governo ucraniano fez o possível para recuperar o sistema, com a nossa ajuda, mas não funciona porque parte da infraestrutura tem áreas sob controlo da Rússia onde não podemos chegar.
O movimento de pessoas nunca parou. Desde o início do conflito em 2014 sempre tivemos pessoas a sair e a fugir em todas as direções. Vão para a Ucrânia, para a Rússia, um pouco para todos os lados. Temos cerca de 5,5 milhões de deslocados internos na Ucrânia. É um recorde mundial no número de deslocados internos. Bakhmut é um exemplo, mas não é o único.
Imagine o que é viver, dia sim dia não, a correr para os refúgios subterrâneos onde passam horas. Há crianças na Ucrânia que já falam de bombas como algo natural, conseguem diferenciar os tipos de armamento que está a ser usado. Isso não é normal. O trauma que cria é muito grande e gera um impacto no desenvolvimento dessas crianças e na capacidade de ir estudar para a escola.
O alto-comissário para os refugiados esteve aqui em Kiev e, numa conversa com o Presidente Zelensky, garantiu que a ONU vai fazer o possível para, pelo menos, determinar o que está a acontecer, quem são essas crianças, quantas são, onde estão. Isto para que se possa garantir a segurança e o bem-estar delas. Esse trabalho está a começar e não posso dar mais detalhes. É muito sensível .
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