Foi, em todo o caso, uma semana pouco dinâmica em termos de propostas ou de discussão e isso talvez se explique com as limitações a grandes momentos de afirmação dos partidos mas tem também uma outra razão identificável – a ostensiva ausência de Rui Rio no único debate político preparado para o ambiente da Rádio.
De visita a Bragança e a Vila Real o líder social-democrata apresentou os seus argumentos de forma clara: por um lado, sugeriu a surpresa e, por outro, salientou o incómodo. Os responsáveis editoriais da Rádio Renascença, da TSF e da Antena 1 apressaram-se a afastar a ideia da surpresa – o convite terá sido feito no dia 10 de dezembro – mas o que importa analisar é o incómodo.
Rui Rio disse aos jornalistas que sentia ser mais importante estar presente em todos os distritos do Continente - “não vou dizer ‘já fiz nove – quero fazer dez’” – e que “o que é demais, é moléstia”. Ora, a tal da moléstia será, para o candidato a primeiro-ministro, não apenas ter mais um debate, em pé de igualdade, com os seus opositores, mas também fazê-lo na Rádio, um meio tão irrelevante que não merece um atempado arranjo de calendário de campanha .
E aqui, apropriando-me de uma das hastags usadas, por estes dias, na rede Twitter, creio francamente que tivemos #RuiRioMal.
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