A primeira noite foi exemplar para mostrar que vale tudo, desde que possua qualidade artística, seja ela a elegância coreográfica do espectáculo de Solange, a orquestra pop imaginativa dos Stereolab, o ritual para ritmos e voz de Danny Brown, o classicismo teatralizado de Jarvis Cocker ou a soul que também é rock de MorMor. Diversidade, eis o lema da primeira noite do festival.
Tem sido sempre assim, aliás. A diferença, desta vez, é que entre os nomes mais abrangentes não figura quase nenhum artista de linhagem mais rock, o que não significa que ela não esteja lá representada. O que se notou foipara uma primeira noite. De resto, nada de novo. A não ser, talvez, o clima, mas até isso começa a ser o habitual.
Parece estranho dizer que, mesmo com sete músicos em palco, incluindo sopros, duas cantoras de apoio e seis bailarinos, não foi um momento opulento. Mas é isso mesmo. O que prevaleceu foi o rigor, o minimalismo, o encontro de formas, sons e espaços capazes de promover momentos de celebração, mas acima de tudo geradores de introspecção. Daí que, a dada altura, a ouçamos dizer que gostaria de transformar aquele anfiteatro num santuário.
Tudo é, ao mesmo tempo, contido e complexo. A voz sugere intimidade, mas também é capaz da expressão mais emocional, e a música parece um mantra de inúmeros sintomas , quase sempre em câmara lenta, abrindo-se a sons inesperados de teclados em canções que respiram tempo e imaterialidade.
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