Talvez seja megalómano acreditar que um país com oito séculos de História se pode sentar num divã e fazer psicanálise. É um risco ousar estabelecer os traços de um suposto “destino” de Portugal, porque a profecia não escapa às armadilhas da fé. Nos últimos séculos, vários intelectuais tentaram e poucos sobreviveram incólumes – Garrett, Herculano, Antero, Eça, Oliveira Martins, José Mattoso e mais um ou outro.
Desde a origem “do tipo traumático” até à luz de Ourique, à consagração de um destino profético nos cronistas dos séculos XVI e XVII que o sebastianismo iluminou, o Portugal que, entre a crença de um destino e a façanha que fez sair da “ilha” e criar um império. Nesse labirinto onde a saudade da origem é matricial, partimos sem nunca sair e regressámos sem ter partido.
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