Um ano depois da guerra, ainda há mais de 100 ucranianos num centro de apoio a refugiados, em Cascais. Milhares já conseguiram refazer a vida, têm trabalho e estabilidade, mesmo que longe de casa. Esta é a história de uma família - um casal com um filho autista - que fugiu da Ucrânia numa carrinha."Preparámos a cave, tapámos as janelas e ficámos à espera.
Maksym e Kateryna fugiram de casa, no sul de Kiev, para a casa dos pais entre Bucha e Irpin. Não sabiam que os combates ali iam ser ainda piores. Aguentaram dois dias e fizeram-se à estrada numa carrinha que já tinham adaptado para saírem do país. Maksym, em idade de combater, foi autorizado a sair com a família porque tem a cargo um filho com necessidades especiais. Mike, de sete anos, tem autismo e fez com os pais o caminho de carrinha até Portugal. Demoraram 15 dias."Aqui é tudo diferente. Parece que é outro mundo. o nosso filho sente-se confortável aqui e para nós isso foi importante", diz o homem à SIC.
O filho anda numa escola pública com acompanhamento especial. Maksym recuperou o negócio que tinha: uma loja de motas, mas à distância. Kateryna era modelo. Está sem trabalho. Tem-se dedicado ao filho. Conseguiram arrendar um apartamento, depois de seis meses a viverem entre uma família de acolhimento e centro de acolhimento de Cascais onde, mesmo um ano depois, ainda estão mais de 130 pessoas.chegou a dar apoio a mais de 3665 pessoas. No país todo, o SEF atribuiu proteções temporárias a mais de 58 mil pessoas. Não se sabe quantas continuam em Portugal.
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