estado de saúde da reciclagem em Portugal é complicado, não menos complicada é a relação que a maioria dos portugueses estabelece com o desperdício daquilo que consome. Já deixou caixas de pizza sujas de gordura no contentor azul? Pois… Não devia. E jarras ou pratos partidos no vidrão? Cd e dvd no recipiente dos plásticos? Tudo errado.
Muito desse déficit resulta do facto de alguns produtores nem sequer pagarem a taxa aplicada por tonelada às embalagens postas em circulação no mercado . Há 1 milhão e 250 mil toneladas que aparecem no lixo e apenas 700 mil pagam o devido imposto. Isso traduz-se num “buraco” contributivo de várias dezenas de milhões de euros da parte das entidades produtoras, o que prejudica o modelo de negócio e a eficácia da reciclagem.
Os modelos económicos são obsoletos e os portugueses reciclam pouco e mal. No fim, tudo desemboca e afunila num “o próximo que resolva”. O material indevidamente colocado nos ecopontos é considerado ‘contaminante’ e prejudica a eficácia nos centros de triagem, pois estes têm de calcular o rácio entre energia gasta e mão-de-obra para poderem triar materiais sem comprometerem o equilíbrio económico.
No círculo económico e material dos resíduos, são variadas as fases e os intervenientes no processo de dar nova vida aos materiais. No caso das embalagens de plástico, existem diversas tipologias que seguem diferentes caminhos.
Já para Ricardo Diogo, diretor comercial e administrador na Ambigroup Reciclagem, não há que enganar: “As embalagens que vêm da recolha seletiva estão, regra geral, num estado aceitável de contaminação. O problema está no que chega pela via do lixo indiferenciado. É triado num sistema de triagem mecânico e biológico, traz lixo orgânico agarrado, e nem sempre esses centros possuem o equipamento adequado”.
Não é suposto encontrar um animal morto no ecoponto mas acontece. À Maltha, empresa da Figueira da Foz que limpa o vidro para a indústria vidreira, já chegou um pouco de tudo: “Os camiões chegam cheios de vidro contaminado. Já aqui tivemos granadas, morteiros e até animais mortos que nos param a fábrica”, revela José Oliveira, gestor fabril.
Tanto paga quem é cuidadoso e separa o lixo, como quem não o faz. Não é justo, cada um deve pagar pelo lixo que faz.
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