Não, o vírus (ainda) não trouxe o socialismo de volta

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Lia-se há dias num editorial do Financial Times: 'Será necessário pôr em cima da mesa reformas radicais - invertendo a orientação política prevalecente nas últimas quatro décadas. Os Estados terão de ter um papel mais activo na economia. Devem encarar os serviços públicos como investimentos e não como um peso, e procurar formas de tornar os mercados de trabalho menos inseguros. A redistribuição estará novamente na ordem do dia; os privilégios dos ricos serão postos em causa.' O jornal que tantas vezes defendeu a liberalização, as privatizações e a desregulamentação dos mercados antecipa agora a necessidade de pôr tudo isto em causa, num regresso anunciado a uma espécie de social-democracia radical.

:"Será necessário pôr em cima da mesa reformas radicais - invertendo a orientação política prevalecente nas últimas quatro décadas. Os Estados terão de ter um papel mais activo na economia. Devem encarar os serviços públicos como investimentos e não como um peso, e procurar formas de tornar os mercados de trabalho menos inseguros.

O mundo parece virado de pernas para o ar e muitos antecipam mudanças sistémicas ao virar da esquina. São tempos interessantes, de facto, como é frequente em períodos de catástrofe. Mas não tomemos o desejo por realidade. É um facto que a situação actual põe a nu os limites de sociedades guiadas pela lógica de mercado. Como noutras crises, assiste-se a umpara nos lembrar que a eficiência de mercado é impossível quando a incerteza é radical. Que a soma das racionalidades individuais se torna facilmente em irracionalidade colectiva. Que nestas ocasiões só o Estado pode desafiar a incerteza, promover a eficiência agregada e trazer de volta a confiança.

A natureza peculiar da actual crise leva-nos mais longe. Ajuda-nos a perceber que o investimento em serviços públicos e a valorização dos quadros técnicos do Estado são uma riqueza que é de todos - e não uma carga a suportar por alguns. Leva-nos a entender melhor as implicações sociais e económicas das relações de trabalho precárias.

Nesse sentido, sim, a crise actual legitima muitas das críticas ao regime económico e social em que vivemos no último meio século. De resto, o mesmo sucedeu há pouco mais de uma década, quando a crise financeira global pôs a nu a disfuncionalidade de um sistema económico assente no predomínio da finança e na perpetuação das desigualdades às várias escalas.

 

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Nem trará !!! Senta que de pé cansa🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣

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