O arcebispo disse que decidiu adquirir 100% do edifício londrino pouco depois de assumir o cargo em 2018, depois de o padre Alberto Perlasca, então gerente administrativo da Secretaria de Estado, recomendar que o fizesse para não perder"todo o investimento".
No entanto, o venezuelano parou o processo e solicitou mais documentos ao verificar que dias antes, em 22 de novembro de 2018, Alberto Perlasca tinha assinado um contrato-quadro e outro de compra de ações com o corretor de imóveis Molise Gianluigi Torzi, sem a sua autorização. "Não me disse nada. Eu sabia que as coisas estavam assinadas quando recebi os contratos no dia 24", disse Peña Parra, ao afirmar que o padre não tinha poderes para assinar tais acordos.Peña Parra confiou nas garantias oferecidas pelo advogado Nicola Squillace, para depois descobrir que esse homem realmente trabalhava para Torzi, que mantinha todas as ações com direito a voto, enquanto o Vaticano não tinha poder de decisão.
Naquele beco sem saída, ele informou o Papa Francisco, que segundo sua a versão decidiu parar o negócio, recomprar o imóvel e vendê-lo posteriormente. Segundo Peña Parra, esta forma irregular e opaca de gerir as finanças foi uma constante por parte de Perlasca e do seu superior, o cardeal Angelo Becciu, que entre 2011 e 2018 foi o número dois da Secretaria de Estado do Vaticano.
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