A dois meses de terminar o Plano Municipal para a Pessoa em Situação de Sem Abrigo, uma herança de Fernando Medina, Carlos Moedas ainda não tem uma estratégia gizada para os próximos quatro anos. Mesmo garantindo que o plano está a ser desenhado, a Câmara Municipal de Lisboa atira a responsabilidade de primeira linha para o Governo, que é quem gere a Santa Casa da Misericórdia.
Ora, o plano desenhado por Fernando Medina foi aprovado em novembro 2019 e já aí se prometia que a ambição era “dar resposta às 361 pessoas em situação de sem-abrigo” — também nessa altura a oposição social-democrata criticou ona apresentação da estratégia. Até ao momento, ainda assim, o plano de Medina não foi renovado e não há sequer data para o efeito.
Ao Observador, fonte oficial do gabinete da vereadora Sofia Athayde, que detém o pelouro dos Direitos Humanos e Sociais, reconhece que o novo plano municipal, “através de um processo participado, estando a recolher contributos das várias instituições parceiras, do Núcleo de Planeamento e Intervenção de Sem Abrigo , a que se seguirão os contributos dos autarcas de freguesia e municipais”.
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