No final de junho, em declarações à agência Lusa, o diretor considerou de"rutura" a situação do museu, e mostrou-se preocupado com a proteção do património, pelos"problemas recorrentes" a que se juntam, entre outros, infiltrações no último piso do anexo e a paralisação de um dos elevadores.
Joaquim Caetano disse hoje no parlamento que muitas destas intervenções não podiam esperar pelos investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência ."São de tal forma urgentes que poderiam vir a pôr em causa, a muito curto prazo, situações delicadas de conservação, e o mesmo em relação aos vigilantes: no ano passado havia 26, diurnos, este ano temos 19".
No caso do MNAA, recordou, houve os investimentos básicos para a 17.ª Exposição de Arte, Ciência e Cultura, do Conselho da Europa, organizada por Portugal em 1983, e depois alguma remodelação para a Capital Europeia da Cultura, em 1994.
"Era importante encontrar mecanismos que tornem esta carreira mais atrativa, menos penalizadora e assim permitir maior estabilidade para as instituições e os trabalhadores", alertou, recordando que o 'outsourcing' também não é solução."Pode funcionar pontualmente, mas dentro de uma estratégia marcada pela instituição. A permanência, a ligação às equipas é essencial".
"No estudo das coleções e no conhecimento essencial para se fazer o trabalho do museu, praticamente voltámos a níveis anteriores a 1980", garantiu.
Aonde estão os grilos falantes a pedir mais dinheiro do orçamento de estado para a cultura como fizeram durante o governo de PPC?
Um país com uma cultura sem fim, mas culturalmente pobre...