O administrador do grupo Moniz da Maia, Bernardo Moniz da Maia, disse esta sexta-feira no Parlamento não perceber por que razão o Novo Banco vendeu a dívida do grupo por um preço equivalente a 10% do seu valor. Moniz da Maia foi um dosdo Novo Banco que recebeu do BES uma dívida de 368 milhões de euros que o grupo contraiu para financiar a compra de acções no BCP.
“Não compreendo que o Novo Banco tenha vendido a dívida da família Moniz da Maia por 10% do valor”, afirmou, acrescentando que “por várias vezes fizemos propostas superiores”, lançando assim dúvidas sobre a perda que o Novo Banco teve de enfrentar por causa desta opção. A dívida foi contraída junto do BES, passou para o Novo Banco que se desfez dela. “Estou aqui como devedor de um fundo não português”, declarou.
O administrador garantiu que a empresa quis “desde sempre” honrar os seus compromissos. Perante os deputados da comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco afirmou que dos 368 milhões de euros de dívida foram pagos “cerca de 69 milhões de euros, com juros de 50,4 milhões de euros”. O incumprimento do grupo começou em 2014, avançou.
Moniz da Maia lamentou ainda a má publicidade que prejudicou os negócios do grupo, dificultando o pagamento das dívidas. “Toda a publicidade negativa assim como a divulgação de créditos malparados criou problemas”, afirmou. Lamentou também que o Novo Banco “incompreensivelmente” tenha tirado à empresa a operacionalidade de um investimento feito no Brasil que era considerado fundamental para o reforço da capacidade para o pagamento da dívida.
Portugal Últimas Notícias, Portugal Manchetes
Similar News:Você também pode ler notícias semelhantes a esta que coletamos de outras fontes de notícias.