Foi uma das táticas orçamentais mais contestadas da era Mário Centeno, mas também a que trouxe maior segurança ao Governo no controlo do défice - num tempo em que ainda havia ratings negativos e ameaças de Bruxelas. Agora, Fernando Medina rompe com ela:revelou Fernando Medina, o primeiro ministro das Finanças político dos últimos muitos governos, em entrevista ao programa “Tudo é Economia” da RTP 3.
“Os ministérios terão disponíveis as verbas que estão orçamentadas e construídas com o realismo do que é a execução dos anos anteriores. [O novo Orçamento] retira o poder discricionário de microgestão que o Ministério das Finanças hoje tem sobre um conjunto significativo de verbas" , detalhou ainda Medina, citado pelo Jornal de Negócios - que teve acesso à entrevista em antecipação.
Segundo o mesmo jornal, o ministro das Finanças adiantou um pouco mais das novas medidas em preparação para ajudar algumas famílias na gestão da subida das taxas de juro do crédito à habitação. Disse, por exemplo, que algumas, que cumpram determinados requisitos - previstos no decreto-lei já em vigor -
"terão um apoio, a partir do momento que o indexante [a Euribor] ultrapasse os 3% - que neste momento é em todas as maturidades - e esse apoio será de 75% do adicional""determinar que os bancos assegurem uma oferta de taxas fixas à generalidade dos clientes"Tal como tinha admitido também ao Público, Medina confirmou que o IVA Zero para os alimentos essenciais, para além de estar confirmado que seguirá até ao final do ano,...
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