Quando lhe falamos da idade, Manuel Cargaleiro responde pelo outro lado: “Faltam-me quatro anos e meio para os 100.” Pega-nos pelo braço, a bengala na outra mão, e com entusiasmo guia-nos pela coleção do Museu Cargaleiro — um edifício moderno inaugurado há 11 anos no centro de Castelo Branco. Aponta para uma pintura, para uma peça de cerâmica, tudo obras que foi comprando e lhe ofereceram ao longo de décadas.
Agora o mestre senta-se connosco a uma mesa e é ele quem decide o rumo. Começa por dizer que não tem computador e que o telemóvel só lhe serve para chamadas. “Nem sei mandar mensagens. Também não me faz falta.” A conversa acontece.FILIPE AMORIM/OBSERVADORPorque já vivo no meu mundo, um mundo um pouco especial. Vivo num sonho. Desejo e quero viver nesse sonho. Sou contra a guerra, contra os conflitos.
Era um homem muito simples, mas extremamente profundo. Falava muito de arte, mas não da pintura e assim. Falava da criação. Ele queria saber porque é que um homem se torna músico ou pintor.Não sei. O que acho importante foi o eu ser egoísta e não querer abdicar, para que não me roubassem tempo. Tenho andado a pensar nisto: já fiz tanta coisa, trabalhei muito em pintura, sim, mas sobretudo estudei muito a cerâmica.
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