O incentivo à compra de automóvel elétrico, que este ano ainda chegou aos 5,2 milhões de euros, já não deverá fazer parte do próximo Orçamento do Estado. O Governo pretende substituir este apoio por medidas que permitam uma redução dos custos de carregamento.
Em entrevista ao Negócios e Antena 1, o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado explicou que os níveis elevados de aquisição de automóveis elétricos revelam que a compra já não está ligada ao incentivo e que neste momento os apoios do Estado não conseguiriam acompanhar os valores da procura.
"Isto faz com que apoio seja útil para um número reduzido quando comparado com o universo de compradores de carros elétricos. Nós temos de evoluir para um tipo de incentivo à mobilidade elétrica mais universal", afirma. Em seu entender, a intervenção do Estado tem de ser feita reduzindo o valor das taxas cobradas com o carregamento destes veículos, o que seria"uma forma de o incentivo ser o mesmo para toda a gente".
"A taxa que se paga para cobrir os custos da entidade gestora já é coberta com cerca de 700 mil euros por parte do Fundo Ambiental. Podemos reduzir mais essa taxa. E depois há outras taxas que estão incorporadas no custo do carregamento que podemos trabalhar", explica.
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