Instituições de qualidade podem não impedir crises económicas numa economia de mercado, mas aumentam a probabilidade de que uma sociedade recupere rapidamente e continue a trajetória de progresso. A investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações remonta pelo menos a 1776, com Adam Smith.
Face à exogeneidade do progresso tecnológico de Solow e, assim, da taxa de crescimento de longo prazo, começou um debate acalorado sobre a endogeneidade do progresso do conhecimento tecnológico. Em 1986, Paul Romer apresentou a ideia de que o conhecimento pode ser um fator produtivo que impede os rendimentos decrescentes dos fatores rivais. Em 1993, Robert Lucas estendeu essa visão com a inclusão da acumulação de capital humano.
A previsão de Solow de convergência estrutural entre o bem-estar económico dos países não foi validada pelos dados desde então. A resposta está no modo como as sociedades e os mercados estão organizados e as instituições estão na frente e no centro desse processo.
A emigração dos melhores enfatiza a ideia de que as pessoas não conseguem aceder às posições sociais que merecem através do seu esforço. O sucesso de cada um está dependente da sua rede social, pré-determinada pelos pais que se tem, pelos contactos que se fazem e pelo partido a que se pertence. Resta, pois, muito pouco para aquilo que será o contributo do verdadeiro mérito individual, das nossas escolhas e do nosso trabalho.
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