A adesão à greve dos trabalhadores da CP foi"quase total", segundo os sindicatos, enquanto a empresa diz que foram suprimidos mais de 75% dos comboios que estavam previstos até às 14:00.
José Manuel Oliveira defendeu ainda que as decisões do Tribunal Arbitral, que decreta os serviços mínimos, "são sempre controversas", notando que não há uma "opinião jurídica coincidente" sobre esta matéria. José Manuel Oliveira lembrou que o que está em causa são salários de entrada baixos, "muito próximos do salário mínimo nacional", bem como uma diferença reduzida entre a base e o topo da carreira para os trabalhadores da CP, que ronda os 100 euros.
Fonte oficial da CP indicou à Lusa que, entre as 00:00 e as 14:00, foram suprimidos 75,1% dos 671 comboios programados.No que diz respeito aos comboios de longo curso, foram suprimidos 32 dos 40 programados, enquanto nos regionais, foram suprimidos 77,8%, com 133 cancelados.Já no Porto realizaram-se 37 dos 140 programados.Na quinta-feira, a CP alertou que eram esperadas perturbações na circulação, em especial até sábado.
A decisão do Tribunal sobre esta paralisação e outra convocada entre os dias 27 de junho e 14 de julho inclui, além dos tradicionais serviços mínimos em comboios de socorro e transporte de mercadorias perigosas e bens perecíveis, uma lista de comboios que devem ser assegurados. O Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários , o Sindicato Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins , o Sindicato Nacional de Quadros Técnicos , a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações , o Sindicato dos Transportes Ferroviários , o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário também aderiram.
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