EUA fazem ameaças porque a 'China tem sido ambígua desde o início' do conflito na Ucrânia

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Da guerra à abertura de negociações de paz na UcrâniaPara que possa avançar-se na direção da paz na Ucrânia é necessário que haja disponibilidade para negociar de ambas as partes e, ainda, que outros países estejam interessados nisso - desde logo no que tange ao levantamento de sanções. Houve já várias tentativas de mediar uma solução aceitável para ambas as partes. Quer a Turquia quer a ONU conseguiram alguns resultados em aspetos parciais; alguns líderes europeus têm também vindo a tentar mediar o conflito, com pouco sucesso. A opinião pública europeia ainda está, justamente, incendiada com a invasão e as atrocidades cometidas pela Rússia. Depois de instada por vários países, aparece agora a China a apresentar um documento com 12 pontos que devem presidir à abertura de negociações entre as partes. Apesar da abertura e recetividade da Ucrânia à iniciativa chinesa, a NATO, os EUA e a Comissão Europeia manifestaram opinião negativa ao documento da China. A postura da Comissão Europeia visa aumentar a margem de manobra negocial da Ucrânia. Para a liderança americana, pura e simplesmente não deve haver lugar a qualquer negociação com a Rússia. O seu objetivo principal em relação a esta guerra consiste em aproveitá-la para enfraquecer ao máximo a Rússia (v. as declarações do Secretário da Defesa dos EUA a 24 de Abril de 2022) para se poderem focar na China, identificado como arqui-rival perigoso. Por isso, de estranhar seria que os EUA dessem qualquer abertura a iniciativas visando criar condições para o início de negociações. Ainda por cima sob a égide da China. O documento de 12 pontos da China contém aspetos importantes, devidamente salientados pela comunicação social, o mais relevante dos quais é um apelo a um cessar fogo e à cessação das hostilidades. Neste aspeto, a China parece entender que o momento atual, com as duas partes exaustas, enfraquecidas, com poucas munições e sem um rumo claro quanto ao devir próximo da guerra, é uma boa altura para um cessar-fogo e o início do processo negocial. A Rússia já recusou da
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